Além da droga, os policiais apreenderam cilindros de oxigênio, roupas de mergulho e sinalizadores marítimos.
A suspeita é que o preso atuava como mergulhador a serviço do crime organizado. Ele alegou ser um Uber contratado para transportar a droga, mas a polícia acredita que a profissão servia apenas como fachada.
Os mergulhadores do PCC recebem até R$ 200 mil para esconder a cocaína em compartimentos submersos dos navios, de acordo com a Polícia Civil.
Eles utilizam equipamentos especializados para acessar áreas de difícil fiscalização, como a refrigeração dos motores dos navios.
Esses compartimentos subaquáticos são difíceis de serem detectados pelas autoridades, o que facilita o tráfico de grandes quantidades de drogas.
Modus operandi
A operação do PCC envolve vários passos:
Preparação e Transporte: A droga é embalada de forma impermeável. Em casos recentes, traficantes internacionais escondiam tijolos de cocaína em ilhas próximas ao Guarujá.
Essas ilhas servem como pontos de armazenamento temporário até a droga ser embarcada.
Embarque ou Recepção: Mergulhadores, como o suspeito preso, transportam a droga das ilhas para os navios em barcos.
No caso de recepção da droga vinda de outros lugares, eles utilizam sinalizadores marítimos para indicar onde a carga está, para que outra embarcação retire.
A operação é sincronizada com a chegada e saída dos navios do porto, garantindo que a droga seja escondida ou recebida sem levantar suspeitas.
Entrega: a cocaína é escondida em compartimentos submersos dos navios.
Esses compartimentos são escolhidos por serem de difícil acesso e menos suscetíveis à fiscalização. A droga segue então para destinos na Europa e África.